Líder do PSD de Celorico é mandatário distrital de Fernando Nobre

O líder da concelhia de Celorico da Beira do PSD, Fernando Figueiredo, é o mandatário distrital na Guarda da candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República.

O candidato esteve no distrito na última quinta-feira, onde apresentou os mandatários sectoriais. O nome mais surpreendente foi o do dirigente social-democrata, que decidiu apoiar a candidatura de Fernando Nobre por entender que «ele não está dependente de qualquer limitação das máquinas políticas». Segundo Fernando Figueiredo, «Cavaco Silva está demasiado preso às máquinas e nestes últimos dois anos não conseguiu ser uma voz independente», justificou. Já Fernando Nobre não tem esses «espartilhos», pelo que assumiu que «é preferível perder eleições do que ganhar e ter de ser uma voz calada, armadilhada pelo sistema», criticou ainda o político. Durante a visita ao distrito, Fernando Nobre esteve em Seia e Gouveia, mas na Guarda encontrou-se com dois antigos funcionários da Delphi e ouviu os seus desabafos.

O candidato quis saber o que falhou em todo o processo e um dos antigos trabalhadores, José Ambrósio, ex-dirigente sindical, deu-lhe a conhecer o sentimento geral: «Achamos que o facto do responsável pela Delphi em Portugal ser de Castelo Branco teve algum peso» nas decisões do encerramento da filial da Guarda. Fernando Nobre respondeu dizendo que «este é um caso triste, mas que não se deve deixar que se torne num fado do país, que pode levar a que os jovens decidam sair de Portugal». Ainda na sede distrital de campanha, o candidato independente manifestou-se preocupado com esta «onda migratória» e apelou à «criação de condições de projectos concretos» para que os jovens não deixem de acreditar que «o país tem futuro». Nesse sentido, defendeu um regresso à agricultura e ao sector primário para combater a progressiva «dependência face ao exterior, que atinge já os 70 por cento». O envelhecimento da população no distrito da Guarda foi outro dos assuntos focados, com Fernando Nobre a considerar que «é preciso ver os idosos como fonte de sabedoria» e conjugar essa riqueza de experiências com a juventude.

Informação retirada do jornal "O Interior"

www.ointerior.pt/noticia.asp?idEdicao=582&id=29432&idSeccao=7060&Action=noticia